Luciana Borio: a brasileira convidada por Biden para lutar contra a Covid

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A pesquisadora é especialista em doenças infecciosas e, em 2018, já havia alertado para os perigos de uma pandemia de gripe

Por Da Redação

 

Foi anunciada nesta segunda-feira (9) a composição do conselho executivo formado pelo novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para combater a Covid-19. Segundo o comunicado do governo de transição, entre os integrantes da equipe está a cientista brasileira Luciana Borio.

Nascida no Rio de Janeiro, mas morando nos EUA desde a década de 1980, Luciana se formou em medicina pela Universidade de George Washington em 1996, se especializando posteriormente nas áreas de doenças infecciosas e medicina intensiva.

Em 2008, ela passou a trabalhar para a Food and Drug Administration (FDA), agência federal americana responsável por supervisionar a segurança de, entre outras coisas, produtos alimentares, medicamentos, cosméticos e produtos veterinários. Lá, ela foi peça-chave no desenvolvimento de medidas para lidar com a pandemia de H1N1, o surto de ebola e o do vírus Zika.

Entre 2017 e 2019, a cientista foi diretora de preparação médica e biodefesa do Conselho de Segurança Nacional (NSC) da Casa Branca, integrando também a equipe de resposta a pandemias da instituição até 2018.

Curiosamente, nessa época, Luciana fez um alerta quase premonitório durante um simpósio que marcava os 100 anos da pandemia de gripe espanhola. Tendo dedicado sua vida a montar estratégias de preparação para epidemias, ela avisou que a gripe representava uma ameaça dupla tanto à segurança sanitária quanto nacional dos Estados Unidos e que o país não estava preparado para responder com rapidez a uma possível pandemia da doença.

A resposta do presidente Donald Trump ao aviso foi fechar o departamento do NSC em que a brasileira trabalhava e remanejá-la para outro setor do Conselho. Mais tarde, quando a pandemia do novo coronavírus começou a avançar pelo mundo, Trump chegou a declarar que “ninguém sabia que haveria uma pandemia ou epidemia dessa proporção”.

Luciana pediu demissão da Casa Branca em 2019, mas nem por isso se manteve distante da crise instaurada por causa da Covid-19. Defensora de uma maior realização de testes e do fortalecimento das medidas de distanciamento social, ela afirmou em entrevista ao Brazil Journal que, uma vez que estamos na “era das epidemias”, é fundamental a existência de sistemas globais que detectem essas ondas de doenças, para que as medidas necessárias sejam tomas antes que elas virem pandemias.

Agora no governo Biden, é esperado que Luciana e os demais membros do conselho ajudem “a moldar a abordagem para gerenciar o aumento nas infecções relatadas; garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes e distribuídas de forma eficiente, equitativa e gratuita; e proteger as populações em risco”.

“Lidar com a pandemia do coronavírus é uma das batalhas mais importantes que nosso governo enfrentará e serei guiado pela ciência e por especialistas“, afirmou Joe Biden, que teve como uma das principais promessas de sua campanha a criação de de uma estratégia de combate ao coronavírus diferente da que foi empregada pelo governo Trump.

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